segunda-feira, 24 de maio de 2010

Aviso aos navegantes


Informo aos poucos leitores deste blog que os posts devem rarear por esses dias.

Eis os motivos:

- o blogueiro está mudando de residência e, por isso, precisa resolver os pepinos decorrentes de tal decisão;

- o blogueiro não tem mais internet fora do trabalho (mas só até comprar um notebook, o que deve acontecer em breve);

- o blogueiro não terá SporTV nem Pay-Per-View (jogo do Flamengo na tv fechada, só na casa dos pais ou de amigos);

- o blogueiro matriculou-se num curso noturno e terá aulas duas vezes por semana (o horário de almoço, antes dedicado ao blog, agora será dedicado aos estudos);

De qualquer forma, é uma fase de adaptação. O blog continua.

Obrigado.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pacheco eterno


Não me lembro ter xingado tanto um jogador do Flamengo como xinguei, ontem, Vinícius Pacheco. Nem nas piores fases do clube.

O jogador não é o responsável pela eliminação rubro-negra da Libertadores, claro. Todos - atletas, o técnico Rogério, diretoria, Patrícia Amorim - estão no mesmo bolo.

Mas a tentativa de cavar um pênalti no último lance do jogo, quase na pequena área, quando poderia chutar para o gol ou passar a bola, me esgotou a paciência.

Porque eu acreditava muito que o time faria 3 x 1 nos chilenos. E porque se atirar ao chão, num momento daqueles, é a última coisa que um jogador profissional deve fazer.

Pois ele forçou a queda, o árbitro não embarcou no teatro e encerrou o jogo. Xinguei-o até ficar rouco, fui para o quarto e só consegui dormir duas horas depois.

Acordei leve e tranquilo, na medida do possível, mas só até ligar a televisão e ver que o SporTV reprisava a partida, que já estava em seus últimos minutos.

Resultado: lá estava eu, sozinho, com o dia claro, torcendo inutilmente para que a mágica acontecesse e Pacheco desfizesse a bobagem de algumas horas antes.

E, novamente, ele forçou a queda, o árbitro não embarcou no teatro e encerrou o jogo. Pior: dessa vez, percebi que Adriano estava desmarcado, a pedir a bola.

Apesar de rouco, voltei a xingar Pacheco. Até quase ficar mudo. Depois, troquei de roupa, tomei o café da manhã, peguei meu carro e vim para o trabalho.

Eis a minha nova sina: a cada reprise do último lance de Universidad de Chile x Flamengo, torcer para Pacheco fazer o que não fez.

Vou rezar pelo chute indefensável, pelo passe para Adriano, pelo gol que nenhum rubro-negro jamais vai comemorar. E xingar o pobre Vinícius Pacheco.

Eliminação merecida (Univ. de Chile 1 x 2 Flamengo)



Defensor, América do México e Universidad de Chile. Essa é a lista dos poderosos adversários, todos clubes de expressão internacional, que eliminaram o Flamengo das últimas três edições da Libertadores das quais o clube participou: 2007, 2008 e, agora, 2010.

Pouco importa que o Flamengo tenha jogado bem hoje e vencido o Universidad de Chile naquele estádio de m*rda em Santiago. Ser desclassificado por esse time é vexame. Vencer apenas um em quatro jogos contra esse time é vexame. Perder no Maracanã para esse time é vexame.

O Flamengo dançou porque não exibe, na Libertadores, a concentração necessária aos jogos da competição, o que aconteceu, nesse ano, desde a primeira fase. E porque espera para mostrar motivação quando a tarefa é muito complicada de reverter, como hoje.

O Universidad de Chile entra para o rol dos times vagabundos que podem tirar onda com o Flamengo. Mas sinto informar aos chilenos que esse grupo não é seleto, pelo contrário. Até o Paraná Clube faz parte dele. Portanto, muchachos, vocês não fizeram nada demais, ok?

Não adianta reclamar da cera adversária, do mole no gol dos caras nem da ridícula tentativa de cavar pênalti do Vinícius Pacheco, dentro da pequena área, no último lance do jogo. O Flamengo foi eliminado precocemente de mais uma Libertadores porque não leva a sério a competição.

Admiro aqueles que têm a capacidade de aplaudir o esforço, a aplicação e a concentração da equipe em Santiago. Mas a minha opinião é outra: esses caras e o técnico Rogério não merecem reconhecimento, pois deixaram para resolver tudo na última hora.

A culpa, claro, não é apenas deles. É mais do clube. Ou melhor, do modo como o Flamengo é conduzido. Ok, tudo bem. Enquanto isso, continuamos a amargar vexames continentais.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Uma noite para tirar dúvidas. Ou reforçar certezas.



Que Flamengo o torcedor verá logo mais à noite, a se apresentar no ridículo estádio Santa Laura, em Santiago, para enfrentar o Universidad de Chile?

Será o Flamengo tão bem definido pelo tricolor Nelson Rodrigues, aquele time que “só perde quando não põe para funcionar o milagre da camisa”?

Ou será o Flamengo dos últimos 17 anos, que, apesar do título brasileiro em 2009 e de outros bons resultados, ainda mostra insistente queda pelos vexames?

No que estarão pensando Bruno, Ronaldo Angelim, Juan, Leo Moura e Toró, remanescentes das eliminações para Defensor e América do México?

No que estará pensando Adriano, malhado por todos os setores da mídia, por torcedores rivais, pelos falsos moralistas e até pelo treinador adversário?

E Kleberson, convocado por Dunga? E Vagner Love, às vésperas de provável despedida do clube? E o resto dos jogadores? E o técnico Rogério? No que eles pensam?

Terão eles (todos) a concentração e os nervos necessários para contornar uma situação desfavorável naquela pocilga onde se costuma atirar pedras nos visitantes?

Terá o Flamengo a sorte e a competência de marcar um gol logo nos primeiros minutos que abra o caminho para uma virada histórica?

Ou a torcida será obrigada a acompanhar mais um primeiro tempo tenebroso, como têm sido os primeiros tempos sob o comando de Rogério?

Respostas a partir das 22h15. Basta ligar a TV na emissora mais influente do país.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Flamengo, La U, Brasil e Noruega: tudo a ver


Estes senhores não cultivam o costume do respeito ao adversário.

Impossível acompanhar os acontecimentos, dentro e fora de campo, que envolvem os duelos entre Flamengo e Universidad de Chile sem compará-los aos confrontos entre Brasil e Noruega, disputados no final da década de 1990. Não pela qualidade técnica ou pelo estilo de jogo das equipes, mas pela assustadora capacidade do time com melhores jogadores levar ferros de um adversário mais fraco.

Para quem não se lembra, a Seleção Brasileira daqueles tempos era comandada por Zagallo e dispunha de geração talentosa, com um jovem e impetuoso Ronaldo, o decisivo Rivaldo, os experientes Taffarel e Dunga, campeões do mundo anos antes, em 1994, um Leonardo maduro no meio e os laterais Cafu e Roberto Carlos firmes no futebol europeu e já consolidados em suas respectivas posições.

Hoje, pode-se até questionar um nome ou outro, mas o consenso geral, na época, era o de que o Brasil tinha uma seleção fortíssima e era o favorito ao título da Copa do Mundo de 1998, na França. Pois aquele time enfrentou  e perdeu duas vezes para a Noruega: por 4 x 2, num amistoso, em 1997, em Oslo; e por 2 x 1, na primeira fase do Mundial. O carrasco era um atacante grandalhão chamado Tore Andre Flo.

Guardadas as devidas proporções, o caso do Flamengo é semelhante. Atual campeão brasileiro, o clube tem um time forte no papel, com jogadores de nome internacional (Adriano, Vagner Love e Kleberson), outros de importância reconhecida no país (como Juan, Leo Moura e o paspalho do Bruno) e iniciou o ano num clima de confiança e otimismo inéditos para boa parte da torcida.

Pois o noticiário desta quarta-feira torna o até então drama rubro-negro ainda mais parecido com o calvário da Seleção Brasileira diante dos noruegueses. De acordo com o jornal chileno La Cuarta, o técnico do Universidad de Chile, Gerardo Pelusso (foto 1), tirou uma onda com o Flamengo: chamou Adriano e Vagner Love de gordos e afirmou que a defesa do time carioca é um desastre.

Partindo-se, aqui, do pressuposto que a declaração é verdadeira: Pelusso se assemelha ao colega Egil Olsen (foto 2), que usava e abusava das ironias ao se referir a Zagallo (principalmente) e à Seleção Brasileira. O técnico da Noruega dizia, basicamente, que o time canarinho era mal treinado. E que se ele, Olsen, tivesse à disposição jogadores como Ronaldo, Rivaldo e cia, montaria um mega time de futebol.

Não dá para negar que Olsen estava certo, pelo menos com relação à Zagallo, pois a desarrumada seleção foi finalista daquela Copa graças, basicamente, ao talento individual. E é preciso admitir que Pelusso se equivoca somente ao chamar de gordo o incansável e magro Vagner Love - sim, Adriano, embora tenha emagrecido um pouco, está longe da forma ideal e a zaga do Flamengo é uma peneira.

O problema, no entanto, é o deboche desnecessário. Olsen não tinha o direito de desrespeitar a Seleção Brasileira, tampouco Zagallo. E Pelusso não tem o direito de desrespeitar o Flamengo, não importa se o time é formado por estrelas ou por novatos, nem se conta com um técnico de renome ou com treinadores pouco experientes, como o campeão brasileiro Andrade (antes) e Rogério (agora).

Embora tenha avançado mais que a Noruega naquela Copa do Mundo, o vice-campeão Brasil terminou o torneio na condição de freguês do adversário. Já o Flamengo ainda tem chance de reverter o quadro. Será saboroso demais se o clube acabar com a soberba chilena, amanhã, naquele estadiozinho mequetrefe. Até para provar que os rubro-negros não são os únicos a se estrepar quando tiram onda antes da hora.

Eu acredito.

sábado, 15 de maio de 2010

Imperador melhorou (Vitória 1 x 1 Fla)



 
Impressionante como o Flamengo tem atraído chuva por onde passa. Na estreia do terceiro uniforme, o time disputou mais um jogo debaixo de aguaceiro, especialmente no primeiro tempo, quando o gramado do Barradão ficou impraticável a partir dos 10 ou 15 minutos de partida. Na segunda etapa, a situação melhorou um pouco e deu para ver algo parecido com futebol.

O empate com o Vitória só valeu pelo bom desempenho de Adriano. Impossível adivinhar o que se passa na cabeça do centroavante rubro-negro. Logo após saber que não estava na lista de convocados para a Copa do Mundo, o Imperador passou a treinar com mais afinco, compareceu à Gávea no dia seguinte a uma partida (contra Universidad de Chile) e tem mostrado evolução em campo.

Adriano não foi brilhante. Mas, além do cruzamento para o gol de Vagner Love, fez coisas que não estava fazendo nesse ano: conseguiu uma arrancada seguida de chute logo nos primeiros minutos, deu vários piques, voltou para marcar com frequência e finalmente teve capacidade para girar para cima dos marcadores. Pena que as poças d’água o prejudicaram nessa surpreendente e (nos dois últimos jogos) gradativa melhora.

Se a evolução física de Adriano continuar, o Flamengo poderá depositar ainda mais confiança no jogador no duelo de volta contra o Universidad de Chile, quinta-feira, em Santiago. No entanto, é prudente conter a animação. Feliz hoje, Adriano pode faltar ao treino amanhã, na segunda ou na terça e até mesmo arrumar um bolha no pé.

Sobre o jogo: ensaio para quinta-feira, o duelo do Barradão pode ser útil para Rogério observar e corrigir alguns defeitos. O Flamengo foi melhor no início do primeiro tempo, quando marcou o gol, até o temporal apertar. Só deu para avaliar um pouco o jogo na segunda etapa, com a chuva mais branda. E o Vitória, então, foi melhor. Atacou mais, foi pouco contra-atacado, teve a bola (até onde possível) e bastante espaço no meio.

O Flamengo só ameaçou no final, a partir da entrada de Pet. Mas levou o merecido empate em cobrança de falta - Fierro afobou-se e cometeu infração desnecessária.

Dos dois meias que começaram, Michael foi relativamente bem. Kleberson apareceu pouco. Ainda estou convicto: Pet precisa ser escalado desde o início contra o Universidad de Chile.

***

A frase de jogo é Adriano. Cercado pelos repórteres após o apito final, ele garantiu que não estava muito triste por ter ficado de fora da Copa do Mundo e soltou essa:

“Ainda quero ajudar muito o Flamengo.”

Legal, mas... Ele quer ajudar o Flamengo até quando? Até o fim do contrato? Ou quer permanecer na Gávea até o fim do ano? O clube já o procurou para negociar a renovação?

Mistério.

Foto: GloboEsporte.com

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Com Pet, tudo pode ser mais fácil


Concordo com o técnico Rogério: amanhã, contra o Vitória, no Barradão, o Flamengo precisa entrar em campo com o time titular.

Após a ridícula derrota para o Universidad de Chile, quarta-feira, em pleno Maracanã, nada como tentar ajustar o time num jogo de Campeonato Brasileiro.

Os 90 minutos diante dos baianos serão interessantes para Rogério analisar o time, desde que escale a formação a ser usada na partida de volta contra os chilenos.

E o duelo pode dar moral ao time em caso de vitória (sobre o Vitória), sem contar que três pontos fora de casa seriam bem-vindos numa competição longa e desgastante como o Brasileirão.

Mas me preocupa bastante o fato de, até agora, o técnico rubro-negro não ter cogitado a presença de Petkovic entre os titulares - Michael, a julgar pelo treino de hoje e pela primeira alteração diante dos chilenos, deve ser o companheiro de Kleberson no meio.

Tudo bem, o gringo foi poupado hoje por conta de uma torção no tornozelo esquerdo. Vai viajar para Salvador. Mas Rogério nem antes disso deu algum sinal de que possa utilizá-lo num jogo desde o início.

Petkovic não é a salvação. Não pelo que jogou neste ano. Mas as chances do Flamengo se dar bem contra o Universidad de Chile aumentam bastante com ele entre os titulares.

O cara pode decidir ou encaminhar um jogo com uma cobrança de falta ou de escanteio, um lançamento preciso, um passe em profundidade, um chute de fora da área.

Mesmo que ele canse rápido, melhor começar com o sérvio que colocá-lo em campo para reverter um resultado desfavorável, como no jogo do Maracanã.

No Campeonato Brasileiro do ano passado, Pet abriu caminho, por exemplo, para as importantes vitórias contra Palmeiras e Atlético-MG, fora de casa.

E, por mais que alguns discordem, esteve bem na quarta-feira. Melhor, pelo menos, que Michael e o enfim motivado Kleberson. A facilidade do gringo para organizar o jogo é infinitamente superior à dos colegas.

De qualquer maneira, só o fato de Kleberson ter companhia - Michael substituirá um volante, Rômulo - já é um avanço. Um passo para que o Flamengo não passe o perrengue desnecessário dos primeiros tempos contra Corinthians (segundo jogo) e Universidade de Chile.

O Flamengo de agora tem me lembrado aquele de antes da arrancada no Campeonato Brasileiro do ano passado: um bando, com jogadores fora de forma ou em má fase técnica.

Mas acredito até o fim, mesmo com Toró de volta entre os titulares (prefiro Maldonado mal como está) e apesar da lentidão do clube em resolver assuntos importantes, como a renovação dos contratos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alguém, por favor...



...tire a braçadeira de capitão deste infeliz.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vocação para o ridículo (Fla 2 x 3 Universidad de Chile)



O mais novo vexame do Flamengo na Taça Libertadores da América suscita uma série de questionamentos legítimos a algumas máximas relacionadas ao clube, tipo “Deixou chegar, f*deu”, “A camisa joga sozinha” e “O Maracanã é o templo rubro-negro”. Isso tudo só vale, com ressalvas, para jogos contra times brasileiros. O Flamengo de Zico foi exceção nesse quesito. E somente por uma temporada.

Portanto, antes de procurar culpados pelo fracasso, é preciso cabeça no lugar e conhecimentos históricos suficientes para saber que crucificar qualquer um daqueles que esteve em campo é tarefa inglória: o Flamengo, ou pelo menos o Flamengo dos últimos 17 anos, é especialista em protagonizar papelões, independentemente dos jogadores, do técnico, da diretoria e do presidente do momento.

Parêntese: apesar do título do Campeonato Brasileiro de 2009, não custa lembrar que o Flamengo também já deu vexames em nível nacional, como a derrota em casa para o Santo André na final da Copa do Brasil de 2004 e goleadas para clubes como Bahia, Portuguesa, Bragantino, Figueirense e outros de expressividade semelhante e dos quais não me lembro agora.

Então não adianta o Lédio Carmona tentar me convencer ao repetir, a cada segundo da transmissão do SporTV, que o time do Universidad de Chile é bom. Os caras têm alguma qualidade técnica e um treinador inteligente, mas daí a ser um time bom é outra história. Prefiro outra versão: o Flamengo é muito incompetente. Pois não conseguir vencer os chilenos uma única vez em três jogos é brincadeira.

Os gols sofridos pelo time nesses confrontos comprovam a tese, mas vou me ater apenas aos três (três!) de hoje. No primeiro, após cruzamento da direita, a bola passou por David, William e Leo Moura. No segundo, apesar da falta em Bruno, o goleiro já havia furado. No terceiro, a bola cruzada da esquerda percorreu toda a área rubro-negra, com Bruno saindo atrasado.

Pode-se dizer que o Universidad de Chile marcou com eficiência a saída de bola, que se aproveitou do inexplicável nervosismo inicial do Flamengo, que mostrou exemplar tranqüilidade e que, embora não conte com um Adriano, teve mais competência para finalizar. Pode-se dizer tudo isso e não vou discordar. Mas ninguém me tira de cabeça que o Flamengo tinha a obrigação moral de derrotar os chilenos no Maracanã.

O problema não é com esse time nem com esse técnico, embora sejam eles a representar as cores do clube e, merecidamente, a receber as críticas pelos acontecimentos de hoje. O problema é que o Flamengo, em algum momento nos últimos 17 anos, deixou-se impregnar por uma vocação para o ridículo, especialmente no Maracanã, palco dos principais vexames. E a dificuldade para se livrar dela é inacreditável.

***

A frase do jogo é de Bruno, ainda no intervalo da partida, quando começava a buscar explicações para a derrota parcial por 2 x 1:

“O Flamengo é o Flamengo...”

Não vale a pena citar o resto do raciocínio. A primeira oração resume tudo o que tentei dizer lá em cima.

***

É contraditório, mas ainda acredito na classificação para as semifinais. Haja sofrimento.

Fotos e montagem: GloboEsporte.com

Reencontro decisivo


O confronto com o Universidad de Chile, pelas quartas-de-final da Libertadores, poderia perfeitamente lembrar os rubro-negros dos duelos contra Defensor, em 2007, e América do México, em 2008, ambos pelas oitavas-de-final do mesmo torneio. Afinal, os três adversários têm algo em comum: são clubes de pouca ou nenhuma expressividade internacional, daqueles que os brasileiros costumam (ou costumavam, no caso de alguns) menosprezar, achar que já os tinham derrotado por antecipação.

Exatamente por isso - e por disputar, paralelamente, a decisão do Campeonato Carioca, excessivamente valorizado na Gávea -, o Flamengo levou ferros vergonhosos de uruguaios e de mexicanos. Contra os chilenos, no entanto, a história deve ser outra: como enfrentou o Universidad de Chile na primeira fase e não conseguiu nem uma vitória sequer (perdeu em Santiago e empatou no Rio de Janeiro), o clube deve tratar os dois jogos com a seriedade merecida, ciente de que não pode bobear. Ainda bem.

São duas as incógnitas para o duelo do Maracanã: Adriano e Kleberson. Todo rubro-negro está curioso para saber como o Imperador vai reagir após não ter sido convocado por Dunga para a Copa do Mundo. Quanto ao apoiador, chamado para a Seleção Brasileira, o receio é o mesmo que expresso aqui há dois dias: se ele vai colocar o pé em dividida. Num jogo duro como o de hoje, não dá para ficar com a cabeça na África do Sul. E concentração não é o forte de Kleberson.

O certo é que o Flamengo dependerá bastante dos dois. Adriano, por ser Adriano. Kleberson, por ser o homem responsável pela criação das jogadas num meio de campo composto pelos volantes Rômulo, Maldonado (que não foi convocado por Marcelo Bielsa e também está fora da Copa) e Willians. No segundo tempo contra o Corinthians, isso funcionou. Kleberson também se destacou no domingo, no mistão que empatou com o São Paulo. Apesar de tudo, eu iria de Petkovic.

Desde que mantenha a concentração e a dedicação dos jogos contra o Corinthians, o Flamengo é o favorito, independentemente da escalação de Rogério. Incógnitas à parte, é possível confiar nos calejados Bruno, Ronaldo Angelim, Maldonado, Leo Moura, Juan e Vagner Love. O Universidad de Chile não é fraco e o técnico Gerardo Pelusso não é bobo. Mas o time chileno é inferior. De qualquer maneira, os caras estão invictos e tal. Vai ser difícil.

***

Parabéns para Fierro, o outro representante rubro-negro na África do Sul.